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A Lógica da Acumulação Privada de Capital no Capitalismo

      Busca-se elaborar um  texto didático, extraído de O Capital, de Karl Marx, que irá tratar da lógica da acumulação privada de capital no capitalismo; é o que se pretende apresentar a seguir.      Parte-se, portanto, da origem do dinheiro, que se dá com "a circulação de mercadorias [, tendo como agente a burguesia comercial, desde o Feudalismo, que]  é o ponto de partida do capital ... [; quando a] produção de mercadorias [- a partir do seu amplo crescimento -] e circulação desenvolvida de mercadorias - o comércio - formam os pressupostos históricos a partir dos quais o capital emerge ... [num crescente, fazendo com que] o comércio e o mercado mundiais inauguram, no século XVI, a história moderna do capital." (p. 223).      Desta acumulação de riqueza privada capitalista, com o comércio  desenfreado de mercadorias, pela burguesia comercial, fará com que, pela ânsia por mais lucros, ela invista na produção, através das fábri...

A Crítica de Marx do Programa Liberal do Partido Operário

     Neste texto será tratado da análise criteriosa e profunda a que Marx construiu na " Crítica do Programa de Gotha " (1875), sobre o "Projeto de Unificação dos Partidos Socialistas Alemães", assim como das suas duas tendências, a de um lado a lassalistas e a do outro a marxiana; trata, também, das divergências de concepções que Marx têm com os lassalistas.      E destaca, a partir da crítica política de Marx, a necessidade de um Estado de transição, denominado Socialista, para a constituição de uma outra sociedade, que tenha a classe trabalhadora como sua protagonista, a Comunista.      No cerne da crítica de Marx está o fato de que o Programa não propõe o elementar para a construção de uma sociedade justa: que deveria ser a da derrubada da monarquia; assim como a sociedade futura de Lassalle, que aponta que a riqueza produzida será realizada pelo "Estado livre do povo" (?); quando Marx a ironiza, apresentando uma outra proposta, muito di...

As Forças Armadas e o Bolsonarismo contra a Nação Brasileira: a farsa que não se repetiu como tragédia de 1964

As Forças Armadas, no Brasil, estão orientadas, de alguma forma, por alguns pressupostos, como: conceito de Segurança Hemisférica, orientada pelos EUA; Ideologia de Segurança Nacional, cujo inimigo é a classe trabalhadora, impondo ao Brasil uma ditadura de mais de 20 anos; o comando dos tais "filhotes" da ditadura empresarial-militar de 1964-1985; e, por último, quando o conjunto delas estão impregnadas de um liberalismo econômico, incompatível com a posição do Brasil na Divisão Internacional do Trabalho, de subserviência de produtos básicos às indústrias do imperialismo. Essas bases ideológicas das Forças Armadas sempre estiveram na pauta do dia; isto porque, antes mesmo de Bolsonaro ser candidato a Presidente da República, já se pregava que a solução para o país era a de passar por um outro golpe militar, ao estilo do que já tinha ocorrido em 1964, mesmo que tivesse que morrer 30 mil pessoas etc.; o que ficou comprovado durante a sua campanha eleitoral e no seu mandato como...

A Religião como Instrumento da Luta de Classes em Marx-Engels

A Religião como Instrumento da Luta de Classes em Marx-Engels Luiz Antonio Sypriano* Quando se trata de Filosofia e, por sua vez, a de Marx (1818-1883), esta ganha uma conotação de Dúvida; foi fundamentada em Hegel (1770-1831), e, por sua vez, dizia tê-la se apropriado de Descartes (1596-1650), cujo Método foi o de duvidar de tudo, sendo o seu princípio filosófico. Portanto, a D úvida é o fundamento de todo o pensamento crítico, como nos assinala Marx. A partir desse pressuposto que se vai  tratar, nesse Texto, da reflexão sobre a religião, em dois campos: um como alienação e um outro como instrumento de libertação. Cuja concepção partirá das teses de Marx, que fundamenta-se na sua obra  de 1843, na "Crítica da Filosofia do Direito de Hegel", publicada postumamente. Nesse livro irá se ater apenas na sua Introdução , quando Marx procede a análise da religião como instrumento da luta de classes. É nesta obra que aparece a frase de que "a Religião é o ópio do povo"; pa...

Reflexão Sobre o Suposto Suicídio da Atleta Walewska (21/9) a partir do Ensaio de Karl Marx (1846) sobre a Opressão da Mulher

O que será apresentado, neste texto, é uma breve reflexão sobre o comportamento do suicida, baseando-se no pequeno Ensaio de Karl Marx (1818-1883) e, ao mesmo tempo, o caso recente da atleta brasileira Walewska Oliveira. Além disso, pesquisando reportagens sobre o tema, constatou-se a elevação de casos em todo o planeta, principalmente na América Latina e Brasil. O Ensaio "Sobre o Suicídio", de Marx, de 1846, trata de uma coleção informal de incidentes e episódios de suicídios na vida privada, seguidos de alguns comentários, escritos por J. Peuchet (1758-1830), que era um antigo diretor dos Arquivos da Polícia sob a Restauração francesa (1814-1830). Nele,  com sua visão arguta e crítica radical da sociedade, contribui, a partir do Relato, com a Introdução, as seleções dos casos dos suicídios, assim como nas modificações introduzidas pela tradução do francês e nos comentários com que analisou o Documento. Para tanto, Marx vai escolher três casos de suicídios femininos e um...

As Sociedades Primitivas e a Origem das Desigualdades entre os Humanos

Apoiando-se nas Ciências da Antropologia, Arqueologia, História etc., pode-se afirmar que os seres humanos primitivos, ao surgirem na face da Terra, foram os herdeiros da organização social dos primatas, seus antepassados biológicos. Isto porque as investigações sobre a origem da espécie humana é um dos aspectos destas Ciências que mais tem avançado no conhecimento da humanidade em torno de sua organização social. Contudo, o conhecimento que possuímos é ainda fragmentado, e com certeza será muito alterado nos próximos anos, com novas descobertas. É o que se sabe, com base nas pesquisas científicas atualizadas, que a característica básica da organização social dos primatas - nossos antepassados - era a coleta de alimentos (vegetais e pequenos animais) pelas florestas e campos. Mas, como a atividade de coleta depende da disponibilidade de alimentos na natureza, trata-se de uma sociedade muito pouco produtiva. Por isso, nessa primeira forma de organização social não poderia evoluir pa...

A Consciência Humana para o Conhecimento do Concreto pelo Trabalho Transformador da Realidade

 Parte-se do pressuposto de que a consciência humana deve refletir a realidade concreta para ser capaz de produzir um conhecimento adequado. Assim, quando se fala da consciência, está se tratando da mente humana, parte corporal que interage com o mundo da Natureza, seu objeto concreto que existe, independentemente dela, sendo outrora denominada de alma, espírito, razão, mente etc.. Por conseguinte, a consciência é a capacidade de sabermos dos nossos atos e da sua consequência sobre o mesmo. Com isso, ter consciência equivale a saber alguma coisa, e a consciência seria então o que nos ajuda a conhecer, ou o simples fato de sabermos que existimos. Porque definir a consciência equivale a refletir sobre a maneira de contemplar o mundo, tão característico do ser humano. Por isso, ao investigar a realidade concreta, é de máxima importância que a consciência possa construir uma ideia que reflita o real de modo a ser o mais fiel possível à sua objetificação; mas, para tal, seria necessário...