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Mostrando postagens de setembro, 2023

A Religião como Instrumento da Luta de Classes em Marx-Engels

A Religião como Instrumento da Luta de Classes em Marx-Engels Luiz Antonio Sypriano* Quando se trata de Filosofia e, por sua vez, a de Marx (1818-1883), esta ganha uma conotação de Dúvida; foi fundamentada em Hegel (1770-1831), e, por sua vez, dizia tê-la se apropriado de Descartes (1596-1650), cujo Método foi o de duvidar de tudo, sendo o seu princípio filosófico. Portanto, a D úvida é o fundamento de todo o pensamento crítico, como nos assinala Marx. A partir desse pressuposto que se vai  tratar, nesse Texto, da reflexão sobre a religião, em dois campos: um como alienação e um outro como instrumento de libertação. Cuja concepção partirá das teses de Marx, que fundamenta-se na sua obra  de 1843, na "Crítica da Filosofia do Direito de Hegel", publicada postumamente. Nesse livro irá se ater apenas na sua Introdução , quando Marx procede a análise da religião como instrumento da luta de classes. É nesta obra que aparece a frase de que "a Religião é o ópio do povo"; pa...

Reflexão Sobre o Suposto Suicídio da Atleta Walewska (21/9) a partir do Ensaio de Karl Marx (1846) sobre a Opressão da Mulher

O que será apresentado, neste texto, é uma breve reflexão sobre o comportamento do suicida, baseando-se no pequeno Ensaio de Karl Marx (1818-1883) e, ao mesmo tempo, o caso recente da atleta brasileira Walewska Oliveira. Além disso, pesquisando reportagens sobre o tema, constatou-se a elevação de casos em todo o planeta, principalmente na América Latina e Brasil. O Ensaio "Sobre o Suicídio", de Marx, de 1846, trata de uma coleção informal de incidentes e episódios de suicídios na vida privada, seguidos de alguns comentários, escritos por J. Peuchet (1758-1830), que era um antigo diretor dos Arquivos da Polícia sob a Restauração francesa (1814-1830). Nele,  com sua visão arguta e crítica radical da sociedade, contribui, a partir do Relato, com a Introdução, as seleções dos casos dos suicídios, assim como nas modificações introduzidas pela tradução do francês e nos comentários com que analisou o Documento. Para tanto, Marx vai escolher três casos de suicídios femininos e um...

As Sociedades Primitivas e a Origem das Desigualdades entre os Humanos

Apoiando-se nas Ciências da Antropologia, Arqueologia, História etc., pode-se afirmar que os seres humanos primitivos, ao surgirem na face da Terra, foram os herdeiros da organização social dos primatas, seus antepassados biológicos. Isto porque as investigações sobre a origem da espécie humana é um dos aspectos destas Ciências que mais tem avançado no conhecimento da humanidade em torno de sua organização social. Contudo, o conhecimento que possuímos é ainda fragmentado, e com certeza será muito alterado nos próximos anos, com novas descobertas. É o que se sabe, com base nas pesquisas científicas atualizadas, que a característica básica da organização social dos primatas - nossos antepassados - era a coleta de alimentos (vegetais e pequenos animais) pelas florestas e campos. Mas, como a atividade de coleta depende da disponibilidade de alimentos na natureza, trata-se de uma sociedade muito pouco produtiva. Por isso, nessa primeira forma de organização social não poderia evoluir pa...

A Consciência Humana para o Conhecimento do Concreto pelo Trabalho Transformador da Realidade

 Parte-se do pressuposto de que a consciência humana deve refletir a realidade concreta para ser capaz de produzir um conhecimento adequado. Assim, quando se fala da consciência, está se tratando da mente humana, parte corporal que interage com o mundo da Natureza, seu objeto concreto que existe, independentemente dela, sendo outrora denominada de alma, espírito, razão, mente etc.. Por conseguinte, a consciência é a capacidade de sabermos dos nossos atos e da sua consequência sobre o mesmo. Com isso, ter consciência equivale a saber alguma coisa, e a consciência seria então o que nos ajuda a conhecer, ou o simples fato de sabermos que existimos. Porque definir a consciência equivale a refletir sobre a maneira de contemplar o mundo, tão característico do ser humano. Por isso, ao investigar a realidade concreta, é de máxima importância que a consciência possa construir uma ideia que reflita o real de modo a ser o mais fiel possível à sua objetificação; mas, para tal, seria necessário...

O Conhecimento Humano na Relação com a Natureza pelo Trabalho

 O ser humano somente será liberto, quando superar as ideologias do idealismo e do materialismo mecanicista; é o que possibilita-lhe a elucidação consciente de como se dá o processo de aquisição do conhecimento. Para tanto, o ponto de partida - seguindo Marx - está no fato de que, entre as ideias na sua consciência e o mundo objetivo da Natureza e da Sociedade, externo a si, se desdobra uma intensa mediação, que é o trabalho, enquanto ação do indivíduo humano, junto à Natureza, em benefício da sociedade. Que é pelo trabalho que os Projetos ideais são convertidos em produtos objetivos, explicando melhor, quando passam a existir fora da consciência, que as coisas são materializadas, através da sua ação na relação com a Natureza. Vê-se, aqui, duas realidades, a objetiva (Natureza) e a subjetiva (humana), que são dois momentos distintos, porém, sempre necessariamente articulados e combinados entre si. Porém, essa relação entre consciência (humana) e objetividade (Natureza) é muito comp...

O Ser Humano e sua Relação com a Natureza pelo Trabalho

Parte-se do pressuposto de que o ser humano é um ser social; portanto, político. Ao viver em sociedade, para atender à sua necessidade vital, através de seus atos de trabalho, influenciam e recebem influências da sociedade na qual vive. Como espécie da natureza, o ser humano diferencia-se dos demais seres pelo trabalho, na sua relação com ela, busca a de reprodução social. Mas, para existirem, os seres humanos devem, necessariamente, transforma a Natureza; essa ação é o que  denomina-se de trabalho. Entende-se o trabalho como um processo de produção da base material da sociedade pela transformação da natureza, a fim de se suprir as necessidades básicas para a reprodução social; sem a qual o ser humano será extinto. E nessa ação transformadora da natureza, que há sempre a objetivação de uma prévia-ideação, de uma resposta a uma necessidade concreta da existência humana, pelo fato da capacidade humana constituir-se pela racionalidade. Assim, nesta relação Humano-Natureza, o indivíduo...