POEMA - Estado Nacional como Servil Imperialista na Reforma Administrativa
Estado Nacional como Servil Imperialista na Reforma Administrativa Luiz Antonio Sypriano Na alvorada dos anos frios de FHC, um sopro de Washington cruzou o Atlântico. Trazia cifras, relatórios, e promessas de eficiência: era o evangelho do mercado rentista , com suas páginas impressas no sangue imperialista. O Brasil, corpo moreno e cansado, ajoelhou-se diante do Deus FMI , e jurou servir aos bancos, aos papéis sem rosto, às bolsas que tilintam como grilhões. O Estado — outrora esperança de abrigo — foi despido, involuntariamente transformado em escritório mercantil , onde o suor do povo é planilha, e a fome, um número que se ajusta. Vieram outros: prometeram o “novo”, mas o velho capital vestiu novas gravatas. Nos corredores do poder instituído, a mais-valia dançava fulgurante entre decretos e discursos da “modernização”. A máquina pública, que era gente, virou custo. O servidor, que era serviço, virou inimigo. E o povo, que era sujeito, virou consumidor de ruínas. Ah, Brasil! t...